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terça-feira, 19 de abril de 2011

Discografia Comentada: Alice in Chains

"Aqui eu falo sobre todos os álbuns, ou pelo menos os principais, de estúdio."
Aqui está a banda mais versátil da cena grunge. Tanto pelo seus dois vocalistas e guitarrista respectivamente, (Layne Staley) e (Jerry Cantrell), que formaram um dueto harmônico como poucos na história do rock, quanto pela facilidade em "flertar" ao mesmo tempo com guitarras sujas e distorcidas de heavy metal e melodias acústicas de seus violões bem definidos.
  
FACELIFT (1990)

O "debut" álbum. Aqui ouvimos as influências "glam" e "hard rock" que permeavam o início de carreira da banda. (We Die Young) abre o álbum nos mostrando algumas direções que a banda ia tomar durante toda a sua carreira. Letras mórbidas e depressivas, riffs "ardidos", com Layne no ápice vocal. Na faixa 6 (Love,Hate,Love),  isso fica bem evidente. Experimente fechar os olhos e ouvir os gritos rasgados, quase que desesperados ao final da música, uma das cinco melhores da banda na minha opinião, é de arrepiar. Uma leve influência de funk rock, ou algo parecido, aparece em (I Know Something ('Bout You)), que lembra alguns riffs do Red Hot Chili Peppers. (Sunshine), e  (Put You Down) trazem a referência do hard rock, e claro, não poderia faltar o "single", o maior hit da história da banda (Man in The Box). (Sea of Sorrow), (Bleed The Freak) um dos hinos entre os fãs, (I Can't Remenber), (It Ain't Like That) com sua presença percussiva forte nas versões ao vivo, (Confusion) de atmosfera lenta e depressiva e (Real Thing) que mostra em sua letra uma prévia do envolvimento mortal que Layne Staley iria ter com o mundo das drogas, fecham o álbum.

OUÇA: http://www.vagalume.com.br/alice-in-chains/discografia/facelift.html

SAP (EP 1992)

 Este EP mostra a facilidade do AIC em frequentar vários estilos. Praticamente acústico, Jerry Cantrell expõe suas influências de country e blues em arranjos vocais impecáveis. Em (Brother) e (Am I Inside) contam com a participação de Ann Wilson do "Heart" no refrão, em (Right Turn) quem aparece são Chris Cornell "Soundgarden", e Mike Arm "Mudhoney", creditados no encarte como "Alice Mudgarden". O EP também conta com (Got Me Wrong) simplesmente perfeita, e uma faixa bônus gravada de improviso (Love Song). Vale a pena conferir esse álbum, pela sua raridade, e também porque daí foram retiradas duas faixas para o acústico MTV (Brother) e (Got Me Wrong).

OUÇA: http://www.vagalume.com.br/alice-in-chains/discografia/sap.html

DIRT (1992)
  
A "obra-prima". Onde nenhum instrumento se sobrepõe a outro, onde todos os integrantes encontram-se no mesmo nível artístico. É só prestar a atenção na "pancada" logo de cara (Them Bones), Layne em sua melhor forma, Jerry com seu  riff preciso,  e solo emocionante, e Sean Kinney começando a mostrar um talento especial pra tempos ditos "quebrados".  Tempos estes que se podem perceber também em (Sickman), música que te deixa literalmente em desordem mental. Michael Starr (que morreu agora em 08/03/11) deixa sua marca em (Rain When I Die), e em (Would?), sem dúvida uma das melhores composições de baixo da história do rock. (Dam the River) e (God Smack) trazem a pegada mais rock n' roll do álbum, e claro não podia faltar o clima depressivo e ao mesmo tempo raivoso que fica por conta de (Dirt), (Hate To Feel) e (Angry Chair). (Iron Gland) uma faixa de introdução à (Hate To Feel), traz um clima "Black Sabbath" ao álbum. Temos aindas as baladas (Rooster) e (Down In A Hole), que pra mim soaram melhores no acústico MTV, e (Junkhead), onde Layne escancara de vez na letra a sua dependência química. Juntando tudo isso, taí um dos melhores álbuns feito nos anos 90.

OUÇA: http://www.vagalume.com.br/alice-in-chains/discografia/dirt.html

JAR OF FLIES (1994)

Mais um EP? Não. Simplesmente o primeiro EP da história da música a chegar ao topo das paradas da Billboard. Lançado no início de 1994, assim como "Sap", praticamente acústico, traz melodias vocais fantásticas e arranjos com violinos e violas, que deixam o clima do álbum muito bonito e comfortável de se ouvir, mostrando a maturidade da banda para composições mais complexas. (No Excuses) a principal música do álbum foi a primeira e única do AIC a alcançar o topo das paradas. (I Stay Away) chegou a ser tão popular quanto, uma das músicas mais bonitas da história na minha opinião. Temos ainda (Nutshell), (Rotten Apple), a instrumental (Whale & Wasp), (Swing on This) e a "quase" country (Don't Follow). Lembrando que esse é o primeiro álbum sem a presença de Michael Starr, que foi substituído por Mike Inez até então Ozzy Osbourne. 

OUÇA: http://www.vagalume.com.br/alice-in-chains/discografia/jar-of-flies.html
 
ALICE IN CHAINS (1995)
 
"Grind", "Tripod", ou simplesmente "Alice in Chains". Esse é o nome do nome do terceiro álbum da banda. Trazendo muita distorção com várias guitarras sobrepostas, muitos efeitos de voz e clima "dark", esse álbum marca por ser o último de estúdio com Layne Staley nos vocais. Confesso que a primeira vez que ouvi esse álbum fiquei com medo, tem um clima muito sombrio, e não é qualquer um que vai gostar. (Frogs) talvez seja a música que melhor representa essa atmosfera, com seu andamento lento, vocal suave e arrastado te deixa triste em segundos.  Aqui aparece também alguns clássicos como (Heaven Beside You) e (Over Now), ambas com Jerry Cantrell fazendo a primeira voz. (Again) talvez seja a música que o AIC mais trabalhou em seus shows. O que dizer de (Shame on You) e (Nothin' Song), a primeira te derruba para um estado de apatia e comtemplação, e outra vem com um clima quase esquizofrênico, com uma voz "enjoada" e repetitiva, muito bem interpretada por Layne. Apesar de ser fã, esse álbum deixa a desejar em algumas composições como (Brush Away) e (Head Creeps), que não disseram a que veio. (Grind) ao contrário já traz uma força sonora bem mais interessante, assim como (God Am), que ao vivo é até melhor, e (So Close), rápida, curta e sem frescura. Pra fechar (Sludge Factory), uma música que se você prestar bem atenção, irá perceber uma beleza na linha melódica quase que escondida.

OUÇA: http://www.vagalume.com.br/alice-in-chains/discografia/alice-in-chains.html

MTV UNPLUGGED (1996)
  
Apesar de críticos dizerem que Layne Staley já não estava em sua melhor forma, e bem debilitado por conta das drogas (o que em certa parte é verdade), nesse show depois de três anos de ausência dos palcos, mostra porque o AIC deve estar entre os grandes dos anos 90 e do rock em geral. Abrimos o álbum com (Nutshell), música que se tornou assim como muitas desse show, mais populares do que em seus respectivos álbuns originais. O aplauso da platéia ao ver Layne Staley entrar é emocionante. (Brother), assim como (No Excuses), deixa claro que o entrosamento vocal entre Layne e Cantrell não era apenas obra de uma boa edição de estúdio, mas sim,  de puro talento. (Down In A Hole) e (Rooster), assim como eu disse antes, desabrocharam totalmente no acústico, mostrando a verdadeira emoção por trás dessas composições. As inesperadas (Angry Chair) e (Would?), pelas suas versões de estúdio cheias de efeitos, não perderam nada em sua originalidade e clima. Clima esse que ficou muito interessante em (Sludge Factory), uma música das mais bem trabalhadas na melodia vocal do AIC. (Over Now), (Frogs) e (Heaven Beside), mostram que a banda optou por não trazer muito coisa das "antigas", lembrando que não há nenhuma música do primeiro álbum no acústico. (Got Me Wrong), simplesmente genial. Lembro de ter ouvido o refrão dessa música por semanas, e todas ás vezes me emocionava. A novidade fica por conta de (Killer Is Me), com Cantrell como voz principal. Um dos melhores acústicos feitos na história, sem dúvida. E é também o álbum não só do AIC, mas de todas as bandas, que eu mais ouvi na minha vida. Vale a pena conferir!

OUÇA: http://www.vagalume.com.br/alice-in-chains/discografia/unplugged.html

BLACK GIVES WAY TO BLUE (2009)
 
Depois de catorze anos finalmente o AIC lança um álbum de inéditas, já sem Layne Staley que morrera sete anos antes, e com William Duvall do "Comes With The Fall" no posto de primeira voz. Confesso que me surpreendi positivamente. O casamento das vozes de Cantrell e Staley era tão perfeito e único que parecia que nunca poderia ser substítuido. É claro que Duvall não substituiu Staley, não tem nada a ver, mas o fato é que Jerry encontrou um parceiro à altura. A melhor música do álbum é sem dúvida (A Looking In View), mais de sete minutos, sem solos de guitarra, e bem nos velhos moldes do AIC, riffs cadenciados, clima sombrio, e vozes bem desenhadas. Excepcional! (Acid Bubble), (Check My  Brain) e (Last Of My Kind), que tem referências bem fortes do álbum "Dirt", fecham o lado forte do disco. Elton Jonh aparece em participação especial na faixa título (Black Gives Way To Blue). (Lesson Learned) lembra muito as composições da carreira solo de Cantrell. (All Secrets Known) abre o álbum com um riff bem interessante, (When The Sun Rose Again) tem um "tempo" estranho, e não me fez sentir como se estivesse ouvindo  uma música do AIC. (Private Hell) e (Take Her Out) parecem duas músicas feitas para preencher o álbum, e (Your Decision), essa sim uma música digna dos tempos áureos de composições acústicas de Cantrell. Resumindo, não é o melhor álbum da carreira do AIC. Mas, depois de catorze anos "inativos" é bom ouvi-los de novo.

OUÇA: http://www.vagalume.com.br/alice-in-chains/discografia/black-gives-way-to-blue.html

ALICE IN CHAINS:

Jerry Cantrell (guitarra e vocal)
Sean Kinney (bateria)
Mike Inez (1993, baixo)
William Duvall (2006, vocal e guitarra)
Layne Staley *1967 +2002 (2002, vocal e guitarra)
Michael Starr *1966 +2011 (1993, baixo) 




                                   
 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O melhor Frontman!

Bom galera, sei que enquetes sempre geram polêmicas, mas que elas são divertidas, são.


Então, pra começar vamos decidir quem é o melhor frontman: Bruce Dickinson (Iron Maiden) ou James Hetfield (Metallica)?

Bruce tem o talento nato para comandar a sua prole. Mesmo não tendo sido o único vocalista do Iron Maiden, e estar na banda desde o início, é ele quem despertou mais paixões e simpatia dentro da banda.

http://www.youtube.com/watch?v=7vP2hFFV57E&feature=related

Já James é o cara da "pegada", é um dos poucos, se não o único frontman que impunha um instrumento com extrema técnica e habilidade, além de ter um enorme carisma entre os fãs de Metallica.

http://www.youtube.com/watch?v=YkeFL5wo8EU



Está aí o desafio lançado!